Tar Sands

TAR SANDS

Tar sands (chamadas de areias de petróleo pela industria petrolífera) são depósitos de areia e barro saturadas com “betume”- petróleo num estado sólido ou semi-sólido. Enormes quantidades de energia (combustíveis fosseis) e água são necessários para extrair e depois processar, ou “upgrade” o betume para o transformar em crude sintético.

Os depósitos tar sands no Canadá, localizadas na província de Alberta, é a segundo maior deposito de petróleo do mundo, que abrange uma área maior que a Inglaterra que inclui 4 milhões de hectares de floresta boreal. O desenvolvimento das tar sands foi fortemente criticado devido á destruição ambiental e social no local, acompanhado da forte pegada de carbono.

Um estudo a comparar as emissões associadas á refinaria de vários crudes descobriu que, e, geral, crudes mais pesados requerem mais energia para refinar o que resulta em maiores valores de gases efeito de estufa. A produção de crude das tar sands do Canadá em particular gera 3 a 5 vezes mais emissões por barril que os combustíveis convencionais. A BP recentemente reclamou que o seu projecto Sunshine irá permitir 5% mais emissões gases efeito de estufa que os combustíveis convencionais numa base poço-rodas (well-to-whell), mas a pesquisa que apoia esse cenário não foi revista e usou só dados teóricos e a comparação foi feita com os combustíveis convencionais mais sujos. Estudos independentes descobriram que as emissões de gases efeito de estufa, poço-roda são 37% a 40% mais elevadas do que a média do petróleo convencional. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as tar sands do Canadá são a fonte mais intensa de gases efeito de estufa de crude de petróleo usado nos EUA nos dias de hoje.

O desenvolvimento das tar sands é a fonte de emissões de gases com o crescimento mais rápido do Canadá. Em, 2007, por exemplo, A emissão total de gases do Canadá foi 26% mais elevada que os níveis de 1990 e, de acordo com a Greenpeace, é agora 345 mais elevada que o acordado em Kyoto. Estimativas correntes podem nem sequer estar a ver o quadro todo, ao não contarem o factor das emissões causadas pela desmatamento. Estudos recentes estimaram que as emissões libertadas pelas tar sands canadianas podem crescer entre 122 a 140 milhões de toneladas em 2020, excedendo a actual emissão de um país como a Bélgica, com uma população de 10 milhões.

Alem da destruição de uma vasta floresta boreal, a alta intensidade de uso energético e de água nos projectos tar sands levanta questões, com o aumentar da poluição do ar e água. Técnicas de minagem a céu aberto usadas para extrair recursos levou a criação de lagos gigantes para armazenar lixo tóxico, para a qual não á solução a longo prazo. As comunidades FIrst Nation que vivem perto do rio abaixo dos projectos são os primeiros a sofrer directamente o impacto. Enquanto alguns beneficiaram com o aumentar de oportunidades de trabalho, muitas pessoas acham que os ganhos são inferiores às perdas ambientais e culturais. Fora o impacto na subsistência na vida dos povos existem preocupações sérias sobre o impacto na saúde derivado da poluição das tar sands: Uma das comunidades, Fort Chipewyan, viu um aumento de cancros de 30%.
Outra comunidade local, Beaver Lake Cree, está nos tribunais a desafiar as tar sands , alegando 17.000 violações dos seus direitos de caçar e pescar nos seus territórios tradicionais e procura proteger a integridade ecológica das suas terras.

Até recentemente, as tar sands eram demasiado caras e difícil tecnicamente para exploração para produção comercial a escala mundial, e ainda é o caso de que os preços do petróleo têm de ficar elevados e os custos baixos para uma produção rentável.
Estudos revelam que o preço do petróleo de $70 a $100 é necessário para a produção ser rentável.
Os investimentos correntemente estão a ser atrasados devido aos custos. No entanto, a tendência ainda é “upwardsx”, com companhias europeias como a Shell, Statoil, Total e BP a investir nas tar sands. No caso da Shell, as tra sands representam cerca de um terço das suas fontes globais, enquanto a BP espera ganhar $5 biliões, ao trocar 50% da sua refinaria Toledo por 50% do projecto Sunrise da Hushky Energy’s.

Existem sérias questões de viabilidade a longo termo nas tar sands. Investidores e analistas começam a perguntar se as empresas tomaram adequadamente em conta o futuro preço do carbono, regulação de baixo carbono e a volatilidade dos preços do petróleo. De acordo com a IEA, por exemplo, é muito provável um preço de emissões de carbono será apresentada: mesmo sob o cenário conservativo “450 cenário”, a IEA estima que o preço de carbono nos países industrializados irá subir até $50 por tonelada em 2020 e $110 em 2030. Isto aumentará $5 a $11 respectivamente ao preço médio da produção de um barril de tar sands.

A resolução dos investidores apresentada nas AGM’s 2010 tanto da Shell como da BP pediram claridade das suposições macro-economicas feitas por ambas as empresas ao decidir o capital para a aquisição e desenvolvimento das tar sands. Os investidores também citaram análises do banco Deutsche sugerindo que os altos preços do petróleo podem debandar e uma mudança permanente para produtos energéticos mais eficientes, e mais eficiência do uso do petróleo e sua substituição será necessária.

O Canadá é correntemente o único paìs onde as tar sands estão a ser exploradas comercialmente, mas a expansão está a caminho, com companhias europeias na frente para explorar tar sands na Jordânia (Shell), Rússia (Shell), Republica do Congo (Eni), Venezuela (repsol), Madagáscar (Total). Também se fala de licenças na Nigéria.

O FUTURO DO PETROLEO “NÃO- CONVENCIONAL”: MAIS DO MESMO OU PIOR

Um futuro de baixo carbono activamente desencoraja novos investimentos em fontes d energia que efectivamente venham a re-carbonizar a nossa economia. Isto inclui falsas renováveis como a primeira geração de agro-combustiveis, que produção foi incentivada pela UE , com limites, como os 10% na Directiva de Energias Renováveis.

Petróleo não convencional, é outra área de expansão que leva ao limite a resistência do ecossistema, com inúmeros riscos ambientais e sociais nas comunidades locais. O petróleo não convencional ao contrário do convencional é mais pesado, ou tem formas sólidas de crude, como as tar sands e oil shale. Estas fontes são encontradas por tudo o mundo e são geralmente tecnicamente mais difíceis e dispendiosas para extrair.

Apesar do efeito na procura de petróleo na OECD e nos países industrializados causada pela crise económica, segundo a IEA o cenário global na procura de petróleo deve aumentar tanto, que em 2030, será quase 6 vezes a capacidade actual da Arábia Saudita, será necessário um fornecimento extra. Prevê-se um declínio do petróleo convencional em 50% em 2020, a IEA prevê que essa falha será preenchida por carvão e petróleo não convencional.
Metade dessa quantidade virá das tar sand do Canadá, o principal importador para os EUA.








 


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